Projeto
PP7 – Avaliação do Potencial Produtivo dos Espaços Florestais
Pilar
Descrição
As alterações globais, e as alterações climáticas em particular, colocam grandes desafios à manutenção da produtividade dos povoamentos florestal. Este facto é particularmente relevante na Região Centro de Portugal, onde a área ocupada por floresta geridas para o fornecimento de serviços de produção lenhosa é muito extensa, e onde têm vindo aumentar os distúrbios relacionados direta ou indiretamente com as alterações climáticas como por exemplo, a ocorrência de tempestades, o ataque de pragas e doenças e dos incêndios rurais. As consequências dos distúrbios são potenciadas pela simplificação dos sistemas florestais característicos das monoculturas e provocam alterações na estrutura e composição dos povoamentos que se traduzem na perda ou diminuição do potencial produtivo e no aumento dos custos de manutenção e exploração dos povoamentos florestais.
Dentro da comunidade científica existe hoje um entendimento mais ou menos generalizado, de que para sustentar o potencial produtivo da floresta, será necessário aumentar a sua resiliência, recuperando níveis mínimos de funcionalidade no que diz respeito aos serviços de regulação e de suporte dos ecossistemas florestais.
Esta proposta visa contribuir para a operacionalização das medidas de política definidas a nível nacional e regional, sobre o planeamento espacialmente explícitos das funções dos ecossistemas criando conhecimento, desenvolvendo ferramentas e capacitando os atores locais para a adoção de práticas de gestão sustentável e adaptativa.
Propõe-se a utilização de uma abordagem participativa que promova um processo de aprendizagem mútuo, que compreende as seguintes tarefas: Definição de zonas piloto, onde serão desenvolvidos processos participativos para a avaliação do potencial produtivo, e das funções de regulação e de suporte necessárias à sua manutenção; Difusão do conhecimento disponível para informar o processo de decisão e sensibilizar os atores para a necessidade de modificar as práticas de gestão; Criação da infraestrutura de dados necessária à caracterização dos contextos biofísicos, social e cultural das áreas de estudo; Desenvolvimento de ferramentas práticas de apoio à decisão sobre como manter ou aumentar o potencial produtivo nas zonas piloto; Teste e avaliação por técnicos florestais e proprietários florestais; Divulgação e demostração da utilização das ferramentas criadas em oficinas de trabalho.