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Projeto

PP9 – Plantas invasoras

Pilar

Descrição

As plantas invasoras promovem impactes adversos sobre a biodiversidade e os serviços dos ecossistemas relacionados, bem como impactes económicos muito significativos. A região Centro encontra-se muito afetada por espécies invasoras representando as espécies lenhosas um problema particularmente agravado para o qual não há ainda muita capacidade de resposta. A acácia-de-espigas (Acacia longifolia) é uma das espécies mais dispersa nos ecossistemas costeiros, incluindo nas matas litorais, mas que tem vindo a aumentar a distribuição em zonas mais interiores. Em finais de 2015 foi introduzido em Portugal um agente de controlo natural que visa reduzir a produção de sementes de A. longifolia, com o objetivo de alcançar um controlo melhor e mais sustentável. O agente de controlo natural é um inseto australiano (Trichilogaster acaciaelongifoliae, Hymenoptera) que forma galhas principalmente nas gemas florais de A. longifolia, impedindo a produção de sementes, mas também nas gemas vegetativas, diminuindo o vigor vegetativo da planta. Desde então, observou-se estabelecimento de T. acaciaelongifoliae em vários locais ao longo da costa e em Coimbra, pelo que é essencial monitorizar o seu estabelecimento e dispersão.

Este projeto inclui uma abordagem inovadora, utilizando um agente de controlo natural, contemplando a sua monitorização não só de forma convencional no terreno, mas recorrendo a ciência-cidadã como uma alternativa interessante do ponto de vista custo/ benefício para monitorizar espécies invasoras em áreas extensas. Adicionalmente, de forma mais abrangente, e de forma a responder à falta de capacitação de técnicos e outros agentes, o projeto incluirá a dinamização de um ciclo de formações/ ações de capacitação para a Região Centro focadas na gestão e controlo de plantas invasoras de forma geral, com particular foco nas invasoras lenhosas.

Objetivos

Os principais objetivos são: Monitorizar o estabelecimento do agente de controlo natural de Acacia longifolia em áreas dunares; Criar uma rede de deteção e monitorização do agente de controlo natural e da planta invasora, envolvendo gestores de áreas florestais e invadidas e cidadãos em geral, através de um modelo de ciência-cidadã, utilizando uma plataforma de mapeamento na web (incluindo mapa on-line e app para Smartphones); Dinamizar um Ciclo de formações sobre identificação e gestão de plantas invasoras – programa para região centro com Municípios, Associações Florestais, etc., de forma a melhor capacitar os técnicos para a gestão de plantas invasoras; Produzir uma nova edição do Guia prático para a identificação de Plantas Invasoras em Portugal; Produzir um Manual de Boas Práticas para gestão e controlo de plantas invasoras.

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